A telemedicina está se popularizando no país, mas enfrenta alguns obstáculos complexos. Entenda quais são eles e se há solução para eles!
A telemedicina surgiu há anos no mundo, utilizada desde a época das guerras mundiais em que os médicos precisavam se comunicar à distância para ajudar os pacientes feridos.
Os meios de comunicação, obviamente, eram outros. No entanto, o conceito de telemedicina, atendimento à distância, era o mesmo. De qualquer forma, ano após ano, esse modelo começou a se popularizar.
Em outros países do mundo, a telemedicina, como conhecemos hoje, também já é utilizada há anos – regulamentada e aplicada em diversos hospitais, consultórios e clínicas médicas.
Contudo, no Brasil, essa realidade ainda não estava tão presente. A telemedicina só se popularizou por aqui com a pandemia, a qual começou no início de 2020. Na época, dentre as medidas de segurança, o distanciamento social era a mais importante.
Sendo assim, os pacientes não podiam ir aos hospitais, a não ser que estivessem com coronavírus ou com algum problema grave de saúde. Portanto, para que as pessoas continuassem com seus tratamentos e pudessem solucionar problemas menores de saúde, a telemedicina se fez necessária.
Este conceito que para o Diário Oficial da União se dá por“a telemedicina, entre outros, é o exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência, pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção de saúde.”.
A pergunta que não quer calar agora, mais de um ano após o início da pandemia, com todas as atividades, incluindo as da área da saúde, voltando a funcionar normalmente, a telemedicina continuará em evidência?
Essa é uma pergunta complexa, ainda mais quando consideramos que a telemedicina só foi regulamentada a caráter emergencial no país, ainda não se sabe como isso será definido permanentemente – nem quando.
Além disso, há inúmeros desafios para o atendimento online no Brasil, um país que tem sérios problemas econômicos, sociais e de desigualdade social. Portanto, este conteúdo será exatamente sobre isso:
Entenda quais os desafios da telemedicina no Brasil e como isso impacta na sua perspectiva de sucesso no país para os próximos anos. Se durar, como será que o atendimento online vai driblar esses desafios? Isso só o tempo pode dizer.
Por agora, confira quais são esses obstáculos tão presentes no Brasil que podem dificultar a popularização da telemedicina. Acompanhe!
Desafios do atendimento médico à distância no Brasil
Antes de explicarmos os principais obstáculos desse modelo de atendimento no país, é preciso abordar como está a situação da telemedicina agora, no final de 2021, no Brasil.
No momento, a telemedicina ainda está aprovada como algo emergencial, dado que a sua resolução anterior permitia esse modelo de atendimento apenas como um atendimento auxiliar.
Porém, a resolução nº 2.227/2018, está sendo analisada pelos órgãos responsáveis para que ela regulamenta a telemedicina por aqui, estabelecendo regras, normas, assim como as condutas éticas e legais dos médicos nestes casos.
Ainda há um longo caminho a percorrer para que a telemedicina no Brasil, ainda mais quando temos em vista os tantos desafios, os quais abordaremos a seguir no próximo tópico.
Falta de acesso e investimento em tecnologia
O investimento em tecnologia no Brasil não é dos melhores e isso dificulta a implementação da telemedicina por aqui. Com equipamentos inadequados, sistemas ineficientes e outros problemas, geram resultados insatisfatórios, poucos precisos.
E isso pode prejudicar a população e a comunidade médica. Além disso, é válido ressaltar que a grande maioria das pessoas não têm acesso a internet de qualidade no país. Muitos, em situação de extrema pobreza, não têm nem celular ou dispositivo para acessá-la.
Este é um desafio não só para a telemedicina, mas também para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária!
Os preconceitos das pessoas também é um desafio enorme!
Atualmente, um dos maiores desafios da telemedicina no Brasil é a descrença da população em relação a eficiência desse modelo de atendimento à distância. Muitos acham que pelo médico estar em outro local, ele não resolverá o seu problema.
O que é um erro, é claro. Até mesmo profissionais da área da saúde não acreditam na eficiência da telemedicina, muitos por resistência à tecnologia. No entanto, é fato que o atendimento a distância não traz prejuízo na relação entre o médico e o paciente.
Ética dos profissionais da área da saúde
Outro grande desafio é a ética médica. É preciso adotar normas e formas de fiscalização para garantir que os médicos realizem atendimentos eficientes e de qualidade.
Além de barrar supostos profissionais que atuam em consultas sem a devida qualificação e capacitação, o que é muito perigoso. Ainda sobre segurança, o próximo desafio é enorme e afeta várias áreas da economia.
Segurança dos dados é uma preocupação
Um dos maiores desafios, o qual também envolve a ética dos profissionais é o sigilo dos dados dos pacientes. Afinal, a telemedicina é realizada por meio de sistemas e pela internet.
Os dados dos pacientes ficam armazenados na nuvem, isto é, online. Por isso, será preciso garantir a segurança desses dados para manter a qualidade do serviço digital, sem pôr em risco a privacidade das pessoas.